Saudades

Saudades

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Um dia chuvoso e uma saudade no coração

Hoje é um dia que provavelmente, em algumas dezenas de anos atrás, estaria correndo com algum tipo de preparativo de aniversário. Quem sabe aquela festa surpresa, que sempre quis fazer e não tive oportunidade, pois certamente essa data não passaria em “branco”.


Mas assim que as coisas acontecem: planejamentos, surpresas, esquecimentos e saudades!

Pessoas que vem e vão, em nossas vidas, a correria do dia-a-dia, o suspiro mais profundo por uma saudade que bate repentinamente, o arrependimento de não ter feito o que poderia ter sido feito, lembranças esmagadoras e redentoras, desejos realizados, sonhos que não saem do subconsciente, mais consciente do que antes, uma visão do futuro promissor, anseios almejados como quimera e no final tudo por um olhar no horizonte, à procura de um “porto seguro” há tempos desejado!

Nada é perfeito, nem os sonhos, nem a vida, nem as promessas, nem os sentimentos... NADA!!!! Mas será essa a graça das coisas? Será isso a necessidade do nosso querer? Nossa busca perfeita dessa incessante procura?

Nesse momento, o cair da tarde já se faz presente, a chuva cai lentamente, o friozinho acalenta, apesar de querer arrepiar a pele com um leve esfriamento, me faz recordar de tempos atrás, onde a minha loucura e uma procura maior era esperar pelas férias escolares para correr com tudo e viajar para casa de parentes no sul de Minas, curtir cada momento, as brincadeiras, as risadas, esquecendo o futuro, as obrigações, que nem em sonhos passariam pela minha cabeça, que hoje teria!!!

Mas tudo isso, apenas para lembrar, da minha mãezinha que ainda presente se encontra em meu coração, mesmo que em rápidos lampejos dos meus mais humildes pensamentos, agora ocupados com as “obrigações” da minha vida diária... A saudade bate, as lembranças veem à tona, desejos de somente poder estar perto para acalentar uma aflição mais tempestuosa do meu querer oportuno... Ah, como as coisas poderiam ser diferentes! Ou será que não?

Sei que tenho muito pela frente, muitas coisas a aprender, a desejar, a sonhar, porém o que tenho para compensar essa saudade no momento é a esperança de que as coisas podiam ser melhores e diferentes, mas que apesar de tudo, esse momento é exatamente como deve ser: sem mais e nem menos! Somente a saudade no coração e na cabeça de que apenas um “colo” quente de mãe ajudaria a confortar!!!